The Day of the Doctor: depoimentos de quem viu tudo de pertinho na Inglaterra!

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 Enquanto a gente comemorava a abertura de cada vez mais salas para a exibição do especial de 50 anos de Doctor Who no Brasil, alguns felizardos tiveram a chance de conferir a festa bem de pertinho, lá na Inglaterra. Quanta honra! Confira os depoimentos de Nuno e Junia! (todas as fotos são de autorias deles!)

O Nuno fez questão de dizer pro Colin Baker que ele tem fãs no Brasil!

katy sophie

A melhor experiência é poder conhecer as pessoas que estiveram presente e fazem parte da história de Doctor Who. Por exemplo, foi ótimo conversar com Katy Manning (a companion do 3º Doutor Jo Grant ) e a Sophie Aldred (a Ace do 7º Doutor) no mesmo estande. A Katy, aliás, é uma senhora muito engraçada. O tempo todo fazendo piada e mexendo com a Sophie.

Mais legal do que conhecer os companheiros de viagem do Doutor, claro, é conhecer o próprio Doutor. Eu já havia conhecido o 8º Doutor, Paul McGann em outra oportunidade, mas nada como muitos deles ao mesmo tempo (como já nos provaram os especiais com múltiplos Doutores em tela).

Prestes a conhecer o 6º Doutor, Colin Baker, confesso que estava um tanto apreensivo. Com uma fama de ser um tanto quanto, digamos, ranzinza e de certa forma parecido com a sua encarnação do personagem, não sabia em qual humor ele estaria. Mas me surpreendi com um velhinho super-simpático e afetivo. Mais uma vez ser brasileiro me rendeu uma ótima conversa. Ele ficou surpreso em saber que havia tantos fãs no Brasil. Me perguntou se havia convenções de Scy-Fy por aqui e com minha afirmação, logo disparou: “Uau. Eu adoraria conhecer o Brasil e a América do Sul”. Após assinar um autógrafo e tirar fotos, ele me agradeceu efusivamente, dizendo que ficou felicíssimo em saber que tinha fãs de tão longe. E eu mais feliz ainda quando conforme saía do estande, ouvi ele gritar para o Peter Davison (5º Doutor): “Olha! Olha! Eu tenho um fã do Brasil! Do Brasil!”

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Painel “Regenerations”

Após tanta aventura era hora de voltar para o auditório (e mais uma fila interminável) para os dois painéis finais do evento. O primeiro, “Regenerations”, era sobre a série clássica. Entra ao palco aquele que ia ser o mediador do Painel: Nick Briggs. Ele é conhecido também por ser fundador da Big Finish Productions que é a empresa que produz os áudio-dramas da série clássica como, por exemplo, o especial de 50 anos em áudio com os 5 doutores (vivos) da série clássica (de Tom Baker até Paul McGann). Porém, como se não bastasse, ele também é o homem por trás das vozes dos Daleks e dos Cybermens!
Logo ele chama ao palco os três participantes do painel: o 5º, 6º e 7º Doutores, Peter Davison, Colin Baker e Sylvester McCoy. Peter, muito comportado, é seguido por Baker, que tenta se conter. Quando McCoy entra ao palco, porém, vemos uma maravilhosa apresentação de palhaço: McCoy usando seu chapéu e bengala, anda, tropeça, faz caras e bocas como um excelente mímico que é. Baker não se aguenta e entra na improvisação, carregando-o até o sofá, jogando-o pra trás, enquanto esse pretende dar bengalas para delírio dos fãs.

Melhores Momentos:
• Todos concordaram que era ótimo gravar os áudio-dramas. Eles fazem tantas piadas e falam tanto palavrão que deveriam lançar um CD somente com os áudios que não foram utilizados. Mas, obviamente, seria classificado acima de 18 anos.
• Pergunta sobre o figurino de cada um. Peter Davison disse que é fã de cricket e por isso o escolheu. A vantagem, segundo ele, que além de ser confortável, o Doutor sempre fica com o mesmo figurino nas filmagens, o que facilita ao invés de ter que trocar de roupa inúmeras vezes. Baker disse que odeia o sobretudo colorido, porém entende que combina com os anos 80, então diz que consegue relevar. Ele descreve que pediu algo que se parecia basicamente com o que o 9º Doutor acabou vestindo (sobretudo preto e calça jeans) e que acabou com aquele casaco que parece a explosão de uma fábrica de arco-íris. Por fim, McCoy disse que pediu algo que tivesse muitos bolsos, para poder carregar coisas. Disse também que durante as filmagens, mantinha o script no bolso direito e conforme as páginas iam sendo utilizadas ele as ia colocando no bolso esquerdo. Assim, é possível saber se estão no começo do dia ou no final, por qual bolso tem mais volume.
• Foi discutido como era difícil fazer uma série onde os efeitos ficavam cada vez mais caros e o orçamento menor. E como é frustrante pensar que hoje em dia “um garoto de 12 anos num computador pode fazer tudo aquilo em duas horas”.
• Colin Baker conta de uma vez que quase morreu de susto por causa de um Dalek. Após um dia de filmagens, estava atravessando sozinho um enorme estúdio com pouca luz. No seu caminho o Dalek começou a se mexer e acompanhar com o olhar pra onde ele estava andando. Após o susto ele percebeu que um operador estava atrás, passando óleo na cabeça do robô, já que ela havia feito muito barulho durante as filmagens.
• Uma das melhores histórias foi sobre McCoy contando das filmagens do episódio “Remembrance of the Daleks”. Ele contou sobre a cena filmada perto de Waterloo Station, onde acontece uma luta entre Daleks, na qual eles explodem alguns deles. O dia de filmagem foi numa segunda-feira, dia depois que marcava o aniversário do “Bloody Sunday”. Toda Londres estava apreensiva com medo de um ataque do IRA. Ao ouvir explosões, as pessoas chamaram a polícia achando que havia acontecido um atentado terrorista na estação. McCoy disse que a melhor coisa foi ver a cara incrédula do motorista de uma ambulância que ao chegar ao local viu, entre a fumaça se dissipando, O Doutor e três Daleks.

painel matt

Painel “The Elevent Hour”

Para última atração do dia, o painel mais esperado por alguns: Matt Smith, Jenna Coleman, Steve Moffat e o diretor Nick Hurran entram ao palco, causando uma ovação interminável (Sério meninas, ninguém gosta que vocês gritem desesperadamente se esgoelando até o fundo dos pulmões. Ninguém mesmo. Principalmente atores.). Antes do painel eles comentam que haviam acabado de receber o Guiness Record de maior transmissão simultânea mundial. Moffat comenta sobre como foi errada a decisão de cancelar Doctor Who e que essa era mais uma das provas. Afinal, um showzinho de ficção científica da Inglaterra é o mais antigo e com mais records de todos os tempos. “Engulam essa, americanos” termina Moff.
O Painel começa com um clipe de “The Day of The Doctor” que havia ido ao ar na noite anterior. Moffat começa falando quanto era bom poder se livrar do segredo, depois da estreia e que estaria aliviado por 30 segundos antes de começar a guardar segredo do Especial de Natal. Como bom escocês, ele pediu desculpas porque estava de ressaca da comemoração da noite anterior. Eles discutiram aspectos técnicos e como fora filmar o especial. Uma das coisas mais interessantes foi que ele dizer o quanto se preocupou que o especial tivesse momentos que dialogassem com todas as fases do show. Ou seja, pra aqueles que lembravam da comédia do show, ela estaria presente, o terror também, o wibbly-wobbly timey-wimey, referências e assim por diante.

Melhores Momentos:

• Jenna Coleman. Simplesmente por estar lá. É uma graça, ainda mais ao vivo (mesmo com o senso de moda um tanto estranho).
• Uma criança pergunta sobre o lugar mais estranho que alguém já tinha pedido um autógrafo. Moffat – durante uma apresentação de ópera; Jenna – num restaurante onde por acaso o fã estava vestido com a roupa do Doutor; Matt – no banheiro. Ele estava lá quando um cara pediu pra que ele conversasse com a esposa dele pelo telefone.
• Pergunta se veríamos a River novamente. Moffat devolve para a plateia, perguntando se queríamos vê-la novamente. Com um uníssono grito de sim, ele disse que não sabe. Na cabeça dele a história estaria bem terminada com eles dando adeus na cena de “The Name of the Doctor”. Entretanto, acha que a Alex Kingston iria ficar ótima filmando com Peter Capaldi. Nisso, Matt intervém dizendo que espera receber um telegrama primeiro, antes que a esposa dele saia beijando outros homens. Moffat-big-troll replica: “Você mandou um para o David (Tennant)?”.

No fim do painel, Moffat começa um discurso dizendo que aquele era provavelmente o último painel que participaria junto com Matt Smitt agora que ele deixou o papel. Ele disse o quanto foi incrível trabalhar junto com o ator, que a energia e simpatia que ele trazia aos sets diariamente fazia com que toda a equipe se esforçasse ao máximo para produzir o melhor show possível. Disse que também foi graças a ele que Doctor Who se tornou um fenômeno e agora é conhecido nos Estados Unidos e em todo o mundo. Não fora outro ator, mas sim Matt que havia levado o show à outro patamar. Matt visivelmente emocionado tira seu celular e pede pra que Jenna tire uma foto dele com o Moffat, mostrando toda a galera que estava a aplaudir na plateia. Esse gesto mostra o quanto as pessoas ali realmente acreditam e gostam do show, fechando o painel de forma emocionante. Entretanto, Moffat pede para pararmos os aplausos, pois tinha que dizer uma coisa muito importe: “Os daleks são os melhores!”.

Assim, encerramos nossa aventura entre Time Lords e celebrações de aniversário. Mais do que a felicidade enquanto fã de poder testemunhar toda a paixão compartilhada pelos realizadores e espectadores, é ter certeza que o aniversário alicerça a base para mais 50 anos da série “bigger inside de adjetivos”. Ao olhar pela última vez para o pavilhão antes de ir e relembrar o maravilhosos dia pelo qual havia passado, não resisto e me despeço: “I don’t want to go”.

Para ver todas as fotos do Nuno, confira o blog dele! Parte 1: http://retoricasemdublin.blogspot.ie/2013/11/a-celebracao-oficial-dos-50-anos-de.html e Parte 2: http://retoricasemdublin.blogspot.ie/2013/11/conhecendo-os-verdadeiros-doutores-as.html

Já a sortuda da Junia assistiu ao especial na mesma sala que Matt Smith! Confira!

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Bem, para começar, meu marido e eu, que moramos na Alemanha, estávamos com viagem marcada para Londres em novembro. Estávamos indo para participar de um outro evento – eu nem estava pensando no 50th Anniversary do Doutor quando marquei a viagem em julho. Quando me toquei, logo coloquei no roteiro uma sessão em 3D do episódio especial.

Mas eu marquei bobeira e, quando fui ver para comprar ingressos pela internet, os cinemas tinham colocado as entradas à venda no dia anterior e já estava TUDO ESGOTADO! Até então eu estava pensando que várias salas de vários cinemas exibiriam o episódio, e que conseguir uma entrada seria tão fácil quanto ir a uma sessão normal de cinema (eu me esqueci do detalhe de que era uma sessão única – dããã). Foi quando eu dei uma olhada no twitter do British Film Institute e vi que o site deles tinha dado problema – não aguentou o tráfego whoviano – e que eles colocariam de novo os ingressos à venda dali a 2 dias! Ebaaa! Na hora marcada foi uma loucura: eu selecionava os assentos e, quando ia confirmar para pagar, eles já tinham sido comprados. Acabei pegando dois lugares na pontinha esquerda do cinema. Mas consegui!!!

Sábado nós chegamos no BFI lá pelas 17h para coletar os ingressos na bilheteria, e depois íamos comer e talvez ficar esperando por ali mesmo. Quando chegamos já vimos um set de Doctor Who montado – o que descobrimos depois ser o cenário da Afterparty que a BBC transmitiu logo depois do episódio. Até aí tudo bem, nada demais. Eu tirei foto e quando o segurança viu ele me pediu para parar – era pra ser “surpresa”.

Pegamos nossos ingressos e fomos lanchar num restaurante próximo, e logo voltamos. Já tinha uma pequena multidão formando fila em frente ao cenário. Tinha um pessoal com um papel na mão – eram pessoas que tinham se inscrito no site da BBC para poder estar na plateia do programa. A seleção das pessoas que colocaram o nome no site foi feita por sorteio, e mesmo as que estavam lá não sabiam direito o que ia acontecer nem se elas veriam o episódio dentro do cinema. (Resposta: não viram.)

Perguntei a uma funcionária da BBC se os atores passariam por ali, e ela disse que eles estavam entrando pela entrada dos convidados, uma portinha do lado de fora do prédio. Ela disse que viu Noel Clarke entrando por lá. Meu marido e eu fomos pra lá, chegamos a tempo de ver a Jemma Redgrave entrando (tinha dado autógrafo pra uma adolescente e virou e sorriu pra foto quando alguém chamou o nome dela), mas ninguém mais apareceu. Nessa porta tinha pouquinha gente, umas 6 ou 7. Como foi tudo de surpresa, não tinha uma multidão.

Nisso fomos andando de volta para a porta principal, porque ouvimos o pessoal da produção falando como se alguém importante estivesse chegando. E quando eu olhei… era o Moffat, chegando pela porta da frente mesmo! Corri e tirei uma foto, ele nem me viu rs. Ele estava aparentemente junto com a família. Nem tentei falar com ele – tenho uma relação de amor e ódio com o Moff e não sei o que poderia dizer pra ele!

Nessa hora anunciaram que portadores de ingresso deviam entrar na sala, então fomos pra lá. E quando entramos vimos o sr. Moffat bem no meio da sala, e ainda por cima em pé no meio de todo mundo! Tinha gente em volta tirando foto, mas outras nem pareciam perceber quem ele era…

matt smith londres

E aí uma porta lateral abriu e o Matt Smith entrou! Todo mundo começou a gritar e a aplaudir, foi muito legal!! Ele sorriu, acenou, e foi sentar no lugar dele, bem na ponta do bloco central de poltronas. Algumas pessoas foram falar com ele, umas claramente o conheciam, outras podiam ser fãs, não sei. Ele foi super simpático! Pouco tempo depois o John Hurt entrou, ele passou bem rapidinho pro lugar dele, na fileira da frente do Matt, eu acho. Todo mundo aplaudiu e gritou de novo, ele deu um sorriso meio tímido e foi sentar (nem consegui tirar foto dele chegando). Dois produtores da BBC tomaram a palavra e começaram a falar. (Não sei quem são, mas tirei fotos) Um deles disse que não podia agradecer todo mundo porque ia acabar esquecendo alguém, então ele agradeceu ao pessoal que trabalha e à BBC, e agradeceu aos fãs. Óbvio que a plateia adorou!

Nessa hora a Jenna Coleman chegou e foi mais uma leva de aplausos e gritos. Eu não vi a Jemma nem o Noel dentro do cinema, mas pode ser que eles já estivessem sentados quando eu entrei. E aí o episódio começou como vocês já sabem. Eu não sei dizer com certeza se a empolgação da plateia foi maior ou não sabendo que o showrunner e os atores estavam ali vendo com a gente. Mas foi muito legal! Meu marido disse que viu o Matt rindo naquele começo com ele e o Tennant implicando um com o outro. Mas depois ele não ficou mais olhando porque o episódio estava mais interessante! rs

Quando os créditos começaram, o pessoal aplaudiu bastante e gritou para cada nome que apareceu. Até da Billie Piper! haha O nome do Tennant recebeu aplausos e gritos bem fortes, mas ele também já tinha sido aplaudido quando apareceu pela primeira vez naquela vinheta com o Smith! John Hurt também foi muito aplaudido – eu fico imaginando o que o ator estava pensando. Espero que ele tenha sentido o carinho dos fãs!

Foi muita emoção gente, por isso eu não lembro exatamente quando o pessoal ria ou não, ou quais foram as reações exatamente, mas estava todo mundo muito empolgado. A plateia dava altas gargalhadas nos momentos mais engraçados. Nada como assistir a um episódio de Doctor Who num cinema lotado!

Mas tem três momentos que eu me lembro bem: um foi quando o Décimo Doutor disse “I don’t want to go”, e algumas pessoas riram e outras fizeram “Awwww!” Ou seja, tínhamos alguns fãs de Tennant ali! (como eu! :)) O outro, e mais emocionante, foi quando apareceram os olhos do Peter Capaldi naqueles dois ou três segundinhos. O pessoal gritou, gritou e aplaudiu! Eu achei isso o máximo, primeiro porque os fãs reconheceram o Capaldi só pelos olhos naquele tempinho ínfimo, e segundo porque foi uma espécie de selo de aprovação dos fãs para o próximo Doutor. Pra mim foi um momento emocionante, e só posso imaginar como foi para o Moffat ouvir essa reação dos whovianos assim, em primeira mão! O terceiro momento foi quando Tom Baker apareceu no final – ou melhor, quando ouvimos a voz dele e vimos aquela cabeça branca. Todo mundo no cinema parecia estar prendendo a respiração. E a casa veio abaixo quando o rosto dele apareceu! Quando os créditos finais começaram a rolar e o pessoal a aplaudir, eu vi que a Jenna e o Matt saíram pela porta lateral, mas o Moffat ficou. E quando acenderam as luzes muita gente aplaudiu de pé.

Saímos da sala e vimos um pouco o programa pelo monitor que tinha lá no saguão. Quando terminou a entrevista do Matt e da Jenna, fomos para a portinha lateral e ficamos esperando, mas ninguém saiu. E o pessoal da produção não informava nada. Agora os whovianos vão ter que me desculpar, mas nós estávamos na rua desde 9h da manhã batendo muita perna (um dos lugares que visitamos foi o London Film Museum, perto da London Eye, que eu recomendo muito para os fãs de Star Wars e Doctor Who!). Se eu soubesse o que ia ter à noite no BFI, eu teria descansado bastante à tarde para poder ficar esperando depois do episódio e ver se conseguíamos falar com o pessoal na saída. Mas nós ficamos lá um tempão esperando, e ninguém aparecia, e nem mesmo sabíamos se tinha uma outra saída. Além disso estava muito frio (4 graus) e ventando muito! Agora até eu penso que poderíamos ter ficado, mas nós já tínhamos visto muito mais do que imaginávamos, e a perspectiva fica diferente quando estamos escrevendo sentados num lugar quentinho… 🙂

Ah, acho importante frisar que ninguém do público fazia ideia de que tudo isso ia acontecer lá. Ouvi algumas pessoas falando aqui e ali o mesmo que eu estava pensando: pra nós era só uma sessão de cinema, um lugar que conseguimos para assistir o episódio em 3D. Nunca sequer imaginamos que íamos assistir o especial de 50 anos com algumas das pessoas mais importantes do universo Whoviano atual!

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