Review: The Doctor, The Widow and the Wardrobe – Especial de Natal 2011

O especial de Natal de 2011 finalmente foi ao ar, e manteve a tradição de ser diferente dos episódios da série normal. Fizemos um review RECHEADO de SPOILERS, então só leia se assistiu!

O episódio demora um pouco para engrenar, e é difícil entender o porquê e como o Doctor chegou até aquela casa para fazer todas as alterações pelas crianças, afinal ele nem sabia que elas eram órfãs. Ele se denomina “Caretaker“, e faz questão de mimar os irmãos Cyril (Maurice Cole) e Lily (Holly Earl), filhos de Madge (Claire Skinner), que é oficialmente uma companion, já que seu nome apareceu na abertura do programa. Moffat já havia dito que a referência à Nárnia não era tão grande assim, apenas a passagem da caixa de presentes para o outro planeta. A curiosidade de Cyril é que guia a história. No entanto, sua irmã Lily seria uma companion perfeita. Quem sabe?

A ação começa mesmo lá pra depois de meia hora, quando o curioso Cyril entra na torre dos “ents” (referência a Tolkien? Ah, os Inklings!). A parte cômica fica por conta da sonic screwdriver não funcionar com madeira, já que o prédio onde eles entram é feito todo nesse material. Quem tem que salvar as crianças (e o Doctor) é Madge. Mas quando ela consegue pilotar a nave, eu fico me perguntando porque Moffat força a barra tanto assim. É verdade que as mães fariam qualquer coisa pelos seus filhos, mas uma mulher dos anos 1940 dominar em poucos minutos uma máquina do futuro pra mim é inaceitável. De qualquer forma, foi bem menos pior do que o casamento de River com um Teselecta, então tudo bem. Essa força materna me lembrou os primeiros episódios de Moffat na primeira temporada, The Empty Child/The Doctor Dances, em que a mãe é quem salva o dia também. Excelente!

Quanto aos outros personagens, o rei e a rainha de madeira me pareceram pouco atrativos. Deveriam ter dado mais tempo para os três astronautas do futuro, que pareciam mais legais que o pessoal dos episódios da flesh da sexta temporada.

Moffat mais uma vez usa o artifício de que os humanos precisam se relembrar de algo para conseguir conquistá-lo de volta. Assim eles conseguem voltar para o presente, e o milagre de Natal acontece. Final feliz, claro.

Amy e Rory aparecem bem no finalzinho do episódio. Já faz 2 anos que eles não se veem. Eles achavam que ele estava morto, até a River contar pra eles que não. Eu fico me perguntando se o Natal que eles estão celebrando é mesmo de 2011, porque a timeline deles foi e voltou tantas vezes que eu já perdi a conta.

No finalzinho, um toque de emoção para levar os espectadores às lágrimas. Chorar é tão humano, e até mesmo o Doctor se rende no final. Alguém ainda duvidava? 😉