Night Terrors, o episódio mais polêmico da temporada

MEU FILHO NÃO É UM ALIEN! / É sim, beijos

Por que eu digo que esse episódio é polêmico? Porque, diferente do Let’s Kill Hitler, que foi unanimemente fantástico, Night Terrors dividiu opiniões. Enquanto muitas pessoas super curtiram, muita gente também detestou.

Vamos lembrar que esse episódio não é do Steven Moffat, e sim do Mark Gatiss, que a gente já conhece da série Sherlock. Ele já escreveu episódios polêmicos para Doctor Who, como The Unquiet Dead (aquele do Charles Dickens), The Idiot’s Lantern, The Lazarus Experiment e Victory of the Daleks.

Night Terrors conta a história de um garotinho que tem medo dos seus brinquedos do armário e sua imaginação faz com que eles tomem vida. É a primeira vez em um longo tempo que o Doctor faz um atendimento a domicílio. Todos os elementos de uma história de terror estão presentes: muitas sequências em completo silêncio, quando Rory e Amy caminham pelos corredores da casa; eventos inexplicáveis, como a velha e o dono do prédio que somem aparentemente do nada; e um clímax que dura poucos minutos.

Muita gente reclamou que esse é um episódio lento frente aos acontecimentos de Let’s Kill Hitler, mas acredito que é bom ter um descanso assim no meio da temporada, ou então ficaríamos sobrecarregados de informação. Outros alegam que a ausência de River Song foi mais um motivo para o episódio ser ruim. Como eu já disse e insisto em dizer, RIVER SONG NÃO É COMPANION, e por isso ela não aparece em todos os episódios. E na minha opinião, isso é ótimo, afinal ela sempre rouba a cena e a gente até esquece que os companions oficiais são Amy e Rory.

Mas vamos às ressalvas. Night Terrors está longe de ser um episódio memorável, e será facilmente esquecido junto com seu companheiro de temporada Curse of the Black Spot. Ele também está totalmente desconectado do arco da River Song, e parece que a última cena com a data da morte do Doctor só foi acrescentada depois, sendo um episódio que caberia em qualquer lugar dentro dessa temporada ou até mesmo da quinta.

Eu também senti falta da Amy dizer algo pro Doctor sobre encontrar a filha deles. No fim de A Good Man Goes to War, Amy deixa bem claro que quer que o Doctor encontre Melody e isso é reforçado no comecinho de Let’s Kill Hitler. Eles não têm tempo de ficar passeando por aí, com zilhões de inimigos atrás do Doctor.

Em suma, um bom episódio, não excelente, mas que trouxe os bons e velhos elementos de Doctor Who que nós adoramos: suspense, mistério e redenção. E que venha The Girl Who Waited!

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