Daqui a exatamente um mês, no Natal, Matt Smith sai de cena para dar lugar à Peter Capaldi em The Time of the Doctor. A sinopse oficial do especial de Natal diz:
Clara e o Doctor precisam ir a um planeta devastado para aprender o que alguns sinais estranhos significam para sua última existência.
A pergunta que não quer calar agora é: afinal, ele é mesmo o último Doctor?
Tudo estava muito bem, até a coisa começar a virar bagunça. A gente tava satisfeito sabendo que Matt era o 11º – e todo o material oficial apontava para tal. Com a introdução de John Hurt após o especial de 50 anos, descobrimos que a partir dali, houve mais um Doctor. Ok, não vamos modificar tudo que já foi escrito até agora. Eccleston continua sendo o 9 (mas na verdade é o 10), Tennant é o 10 (só que é o 11) e Matt seria o 11 (ou seja, 12). Capaldi, assim, seria o 13º, e se o limite de regenerações é 12, ele seria portanto o último Doutor. Ainda assim, usaríamos o número 12 para não bagunçar a contagem oficial.
MAS TUDO MUDOU.
Em entrevista à Radio Times, Moffat declarou que estamos fazendo a conta errada. Quando a mão de Tennant se tornou o Doctor-Donna, ele usou a energia de uma regeneração. Ou seja: esse se tornou o 12 (já que o Tennant na verdade é o 11), e portanto, Smith é o 13 e o Capaldi é o 14, explodindo já o limite. Ai ai ai… péra que tem mais.
Surgiu uma teoria na internet de que Trenzalore, em francês, significa “Agora o Treze!” ou até mesmo “Meu Deus, Treze!” (Treize Alors). Podemos apenas teorizar e tentar adivinhar que, se o 13 (Smith) finalmente chegou a seu fim… Capaldi pode surgir de alguma forma diferente. Lembrando aí que o Moffat prometeu fazer uma explicação sobre o fato do ator já ter sido visto em The Fires of Pompeii. Complicado demais? Existem outros fatores a serem considerados.
Em primeiro lugar, River Song doou suas regenerações para o Doutor em Let’s Kill Hitler. Além disso, a Irmandade de Karn (as mantenedoras da chama da vida eterna) também fez uma “poção” para regenerar o McGann no Hurt – e ainda ofereceram a ele a possibilidade de escolher o tipo de corpo que quisesse. AHÁ! E se Smith escolher usar o corpo do Capaldi? (UI!)
Isso ainda abre caminho para que o limite de regenerações seja, digamos, “quebrado” – mas sem quebrar de verdade. Moffat não quer modificar o cânone, apenas “preencher os buracos” deixados pelos roteiros (e olha que tem vários!). Como isso será feito exatamente? Não temos como saber, apenas esperar pra ver!
E se vocês querem um pouquinho mais de complicação, segue uma teoria que encontramos no Tumblr Theories-For-Who sobre o Tom Baker ter se tornado o Curador em seu corpo envelhecido. No episódio Logopolis (1981), o 4º Doutor encontra uma figura chamada “The Watcher”, que seria o verdadeiro 5º Doutor. Como assim? A teoria propõe que o 4º Doutor “encenou” sua própria regeneração, apenas para continuar existindo em seu corpo versão Tom Baker. Ele se torna o Curador, e quando morre, se torna o 5º Doutor, que é trazido de volta exatamente na época de Logopolis. Ou seja, a regeneração na verdade não ocorre ali, e sim em algum momento no futuro do Curador. I KNOW, RIGHT? 😀 Vamos analisar…
Na cena, ele está rodeado por Tegan, Nyssa e Adric. Ele diz “é o fim. O momento foi preparado”. Ele até sorri! Aparece a figura do Watcher, meio fantasminha, e uma delas diz “então ele era o Doutor o tempo todo”. Assim ele “regenera”, mas na verdade só é substituído pelo 5º. UAU! Isso não interfere na contagem nova do Moffat, ou seja, TUDO SE ENCAIXA PERFEITAMENTE!
Assim, ele prepara os próximos 50 anos da série, tirando as nossas preocupações em relação às próximas reencarnações. Agora ele está livre para viajar de novo para onde quiser! GALLIFREY STANDS! GALLIFREY FALLS NO MORE! E que venham aquelas roupas lindas de novo, que venham os Time Lords, que venha Rassilon! 😀