Review: The Power of Three

A calmaria antes da tempestade. Acho que assim é que melhor se define o episódio logo anterior à saída definitiva dos Ponds da série. Desde o nício da sétima temporada, Amy e Rory têm demonstrado que passear com o Doctor na Tardis já não é mais tão emocionante como antes.

Se na era Davies, estávamos acostumados a achar que ser uma companion era o prêmio máximo que alguém podia ter, Moffat faz mais uma aproximação com a série clássica, onde os personagens iam e vinham com o Doctor sem se apegar demais ao lance da viagem no tempo. Mas a era moderna trouxe as despedidas trágicas de Rose, Martha e Donna, e acredito que ficamos meio mal-acostumados, achando que isso sim é que a vida: ver todo o espaço-tempo.

Só que Amy e Rory já tiveram suas vidas modificadas demais. O casal está superfeliz com a vida mansa que levam, com seus empregos, amigos e família. A ausência da filha não faz muita diferença: é bastante claro que um curte o outro sem precisar disso. E aí surge a questão: precisamos decidir. Mas não hoje. Afinal, os cubos começam a invadir a Terra.

O plot dos cubos é só um pano de fudo, com desenvolvimento banal, para mostrar o que talvez seja o último diálogo do Doctor com Amelia Pond, a primeira pessoa que ele viu ao regenerar, lá no início da quinta temporada. Se o discurso emocionou, é porque provavelmente não teremos muito tempo para despedidas em The Angels Take Manhattan. Sim, podemos começar a ficar bem preocupados!

Brian, o pai do Rory, pede apenas que o Doctor os traga de volta a salvo, sabendo que lá no fundo é difícil para eles deixá-lo viajar sozinho. É o que vai levá-los à aventura seguinte e derradeira.

Outro destaque do episódio é Kate Stewart, filha do Brigadeiro Lethbridge-Stewart, personagem fundamental da série clássica. Para quem se lembra, há uma referência a ele no episódio The Wedding of River Song, quando o Doctor liga para ele da Tardis e recebe a notícia de que ele morreu – uma homenagem, já que o ator realmente faleceu no ano passado. A personagem foi muito bem utilizada, e a UNIT voltando é sempre garantia de tramas mais amarradas. Esperamos que Kate e a UNIT retornem em breve!

No mais, eu particularmente não sei que nota dar ao episódio. Acho que ainda não consegui digeri-lo de fato, isso só vai acontecer quando eu assistir The Angels Take Manhattan. Diferente dos fillers 7×02 e 7×03, acredito que esse episódio prepara o terreno para a trama principal.

Nós já soltamos diversos spoilers sobre The Angels Take Manhattan. Leia por sua conta e risco! Esperamos vocês por aqui na próxima review, com direito a muito chororô, lencinhos e despedidas! Algumas imagens do episódio: