Reunindo todos os clichês possíveis dos filmes de faroeste, o terceiro episódio da sétima temporada de Doctor Who, A Town Called Mercy, se iguala a Dinosaurs on a Spaceship: um bom filler com momentos engraçados, frases marcantes e referências ocultas com pistas do que pode vir por aí. No entanto, ele não chega ao nível da estreia da temporada, Asylum of the Daleks.
Mais uma vez, o Doctor mostra seu lado negro, beirando o ápice da raiva. Como eu havia comentado na resenha anterior, engana-se quem pensa que ele é bonzinho. O timelord está sendo perseguido pela galáxia inteira, à beira da morte, frente a frente com o seu fatídico fim nos campos de Trenzalore e precisa se esconder. A companhia de Amy e Rory já não é mais constante, e ele se encontra com 1.200 anos de idade #uau
“They keep coming back, don’t you see?? Everytime I negotiate I try to understand, but not today. No. Today I honour the victims first. His, the Master’s, the Dalek’s, all the people who died because of MY MERCY!”
Mais uma vez, é a companion que coloca os pés dele no chão. Sabemos que ele é um rebelde por natureza, saído de Gallifrey brigado com toda a alta cúpula dos senhores do tempo. A gana de quebrar as regras fala mais alto, cabendo a Amy imprimi-lo com o mínimo de bom senso. Confesso que prefiro ele mais hardcore e gostei da atuação do Matt Smith gritando com o Jonah Hex Kahler Jex.
Gostaria de destacar um momento fofo: quando Amy e Jex conversam sobre a maternidade. Significa que a questão da River Song virá à tona em breve, no episódio The Angels Take Manhattan – o útlimo dos Pond.
E falando em Pond, o pai de Rory realmente volta em The Power of Three, o próximo episódio. Pelo que vimos no Next Time, o casal vai começar a questionar a presença do Doctor em suas vidas. É o começo da despedida dos personagens da série.
Cabe analisar aqui a diferença entre Moffat e Davies, que começa a se tornar mais clara. Assim como na era clássica, agora os companions podem entrar e sair no meio de uma temporada, o que de forma alguma atrapalha no andamento da série. A progressão de tempo, de ano a ano, também é perdida (Amy preocupa-se com o que seus amigos vão pensar se eles envelhecerem antes), e chega-se a questionar a real idade do Doctor, que deve ser muito mais do que 1.200 anos considerando a série e todo o material canônico de livros, quadrinhos e afins.
O fandom já andou espalhando por aí algumas referências: o fato de como a eletricidade está falha, por exemplo, o que apareceu em todos os episódios (inclusive o pai de Rory estava justamente mexendo em uma lâmpada em 7×02).
Sabemos que tio Moff gosta de colocar essas coisas para os fãs desvendarem. E aí, já elaborou suas próprias teorias? 😉
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