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A história começa aqui…
A BBC Media Centre divulgou hoje os posters promocionais do especial de Mark Gatiss: An Adventure in Space and Time, aquele que traz Argo Filch David Bradley no papel de quem fazia o papel do 1º Doutor, William Harnell.
Junto com os posters foram divulgadas entrevistas com a equipe, que você pode ler logo aqui embaixo:
Entrevista com Mark Gatiss
O que o público pode esperar do especial?
Pra começo de conversa, é uma história de como Doctor Who foi criado, então nós vamos concentrar no começo dos primeiros episódio. Vão ter vários agrados para os fãs, mas é também a história de William Hartnell, o primeiro Doutor e como esse papel transformou sua vida.
Por que você quis contar essa história?
Eu sou um fã de Doctor Who de longa data, e a origem desse programa que eu tanto amo sempre me fascinou. Mas, acima de tudo, eu queria conseguir alcançar a nível humano da coisa. Eles eram pessoas talentosíssimas, complexas e brilhantes, que estavam fazendo algo revolucionário. E, em se tratando de William Hartnell, nós temos uma história muito bonita sobre um homem que conseguiu o papel de sua vida, mas, infelizmente, teve que deixar pra trás. Acho que todos podemos relacionar esse fato com as nossas vidas.
Como foi o processo de escolha de elenco? Como você achou pessoas tão parecidas?
Eu já tinha Bradley em mente há uns anos, mas nem foi uma escolha puramente feita por semelhança! David é um baita ator talentoso, eu sabia que ele conseguiria fazer algo maravilhoso com o papel. E com todos os outros, eu me esforcei ao máximo para encontrar pessoas certas para o trabalho. Mas calhou de que as pessoas certas eram incrivelmente parecidas com os originais! As equipes de figurino e maquiagem tiveram, é claro, uma grande importância nisso tudo.
Você pode explicar um pouco sobre o processo de pesquisa?
Doctor Who é provavelmente, em termos de programas de TV, o que teve o trabalho de pesquisa mais dedicado através dos anos. Felizmente, isso significa que existem muitas entrevistas com pessoas que nem estão mais entre nós. Eu queria contar a história já tem anos – Eu meio que cresci com essa vontade. Como ninguém queria os Daleks. Sobre o primeiro episódio foi ao ar logo após JFK tomar um tiro. Mas eu queria ir mais fundo do que só os detalhes da produção, e queria achar a história humana por trás disso tudo. Eu tive que fazer novas entrevistas com muitas pessoas da equipe original. Todos estavam super animados e foram super prestativos.
Você chega a revelar alguma informação que não era sabida pelos fãs de Doctor Who?
Um pouquinho aqui, outro ali, mas a maioria das coisas já está muito bem documentada hoje em dia! Mas apesar disso, foi muito tocante falar com as pessoas sobre o amor que eles ofereceram para a série, e sobre aqueles que já se foram.
Houveram muitas pessoas envolvidas no começo da série. Por que você resolveu focar nos quatro personagens principais de Hartnell, Newman, Lambert e Hussein?
Eu tive que focar. Simples assim. Isso é um filme, e não um documentário, e por mais que tenha sido doloroso ter que deixar umas pessoas que fizeram diferença na história da série pra trás, tinha que ser feito. Você simplesmente não tem como fazer justiça com o nome de todo mundo em meros 90 minutos.
Ambientado nos anos 60 o filme volta a vida através das roupas, cabelos, maquiagens e os sets de filmagem, incluindo o primeiro console da TARDIS. Como foi estar no set?
Extraordinário. Ver a TARDIS original recriada literalmente me tirou o folego, e todo mundo que entrava no set tinha a mesma reação… era até bem frequente. Nós usamos algumas das câmeras Marconi originais, e até monitores preto e branco. Ver David, Jemma, Jamie d Claudia por eles era praticamente olhar para o passado.
E por fim, o que você espera que o público tire do filme?
Essa é a minha carta de amor para Doctor Who! No ano do aniversário de 50 anos, espero que o fãs aproveitem e fiquem maravilhados com todo ele, e é claro, que caiam de amores com todo o passado que está envolto nele. Mas meu maior desejo é que ele fale às pessoas que conhecem muito pouco ou nada sobre Doctor Who, para que elas vejam como pessoas tão talentosas criaram, quase que por acidente, uma lenda!
David Bradley fala sobre o papel de William Hartnell
Depois de uma relutância inicial para fazer TV para crianças, eu acho que ele foi rapidamente convencido de que era a coisa certa a se fazer . No começo, ele se sentiu bastante inseguro, já que era um território novo para ele, mas quando começou ele abraçou a ideia.
An Adventure in Space and Time conta a história por trás da gênese de Doctor Who, e do time que estava por trás de tudo. Bill (Hartnell) era conhecido como um perfeccionista, tanto que era até considerado rabugento pelos colegas . O filme mostra todo o panorama de Bill, incluindo o lado bom e o ruim.
Ficou claro, a partir de pesquisas, que ele exigia muito de si mesmo, e que esperava que todos à volta tivesse a mesma atitude.
Hartnell tomou conta do papel de 1963 até 1966, e acabou criando um modelo para a personagem do Doutor. Ele abraçou tudo o que encarna o show.
Sobre Matt Smith, David falou: “Eu realmente admiro o jeito com que ele faz o Doutor. Ele tem essa essa ligeira excentricidade que o papel precisa, mas sem dúvida é uma forma de excentricidade diferente da de Bill Hartnell , mas acho que algumas dessas características têm percorrido todo o caminho através de todo mundo que já foi o Doutor. “
Tem sido uma grande experiência, e de certo eu vou sempre lembrar dela. Estou honrando por ter feito parte disso tudo, e espero ter feito jus a um ator que admiro tanto.
Jessica Raine fala sobre o papel de Verity Lambert
“Verity tinha muita força de vontade, era compassiva e querida. Como a primeira mulher a ter cargo de produtora na BBC, ela precisava ser determinada. Ela tinha um grande fogo nas entranhas em relação aos projetos nos quais acreditava”.
Para quem não sabe, Verity Lambert chegou na BBC indicada pelo seu ex-chefe Sydney Newman, um dos criadores de Doctor Who. O clima do especial é bem anos 1960, como visto nas roupas, cabelo e maquiagem.
“Estamos focando em seu trabalho, mas também vamos ver o lado engraçado de Verity. Ela costumava fazer festas de arte, convidando os artistas e seus amigos para uma exibição, com música e dança”.
Jessica explica como se preparou para o papel: “Para qualquer papel, eu me baseio no roteiro. Quando eu fiz o teste, procurei por vídeos, mas todos eram recentes, mas foi interessante. Sinto que ela tinha classe, era querida, mas também dá para ver sua força. Também assisti ao episódio original que Verity, Waris e Sydney criaram, e fiquei boquiaberta como ele se sustenta. É estranho, intrigante e incrível que eles tenham conseguido tudo isso com um orçamento tão pequeno”. Pequena curiosidade: o orçamento dos episódios em 1963 era de 2 mil libras (algo próximo dos 8 mil reais).
A atriz ainda falou sobre o clima da época. “Acho que mostra bem como os anos 1960 estava à beira de uma grande mudança de uma forma sutil. Temos Verity Lambert chegando à BBC, e ela é uma mulher. Temos Waris Hussein, o primeiro diretor indiano na BBC. As apostas são altas e isso reflete as mudanças da sociedade da época”.
É claro que ela não podia deixar de falar sobre os Daleks. “Eu me lembro de ter muito medo dos Daleks. Eu morria de medo daquela voz, que é muito parecida com a voz do metrô. Eu sou do interior, e quando íamos para Londres, quando a voz do metrô dizia “cuidado com o vão”, sempre me lembrava dos Daleks, e eu morria de medo!”.
Brian Cox, que interpreta Sydney Newman no especial de Mark Gatiss, conta sobre seu personagem. “Sydney Newman era uma força formidável na telvisão. Ele começou na ABC e revolucionou o drama. Eu entrei na BBC em 1965 e trabalhei em ‘A Knight In Tarnished Armour’ e Sydney estava lá, e eu o conheci brevemente. Você sempre encontrava Sydney no clube da BBC com suas gravatas coloridas e casacos grandes. E sua personalidade era assim também!”.
Encontramos Newman tentando entrar no Television Centre, ignorando os seguranças que queriam ver sua identidade gritando “É assim que funciona na BBC, senhor”. Brian explica que ele era diferente das outras pessoas da emissora.
“A BBC era bem quadrada. Havia bons produtores e diretores, mas tudo era feito pelos membros do comitê, com muitos memorandos. Sydney tinha uma forma diferente de fazer as coisas, e é isso que o tornava único. Ele trouxe um sopro de alívio”. Veremos como ele recebeu as críticas de que sua equipe estava gastando demais. “Ele fez com que eles refilmassem todo o primeiro episódio de Doctor Who porque achava que não estava bom o suficiente. Ele foi revolucionário e acabou criando um padrão”.
Como Waris ainda está vivo, Sacha fez questão de conhecê-lo. “Ele é um sujeito muito específico e eu queria interpretá-lo da forma mais fiel possível. Ele tem um jeito muito particular de falar e eu queria aprender. Foi bem esquisito, ficávamos estudando um ao outro, ele me olhava pensando ‘Você está assistindo tudo o que eu fiz, não é?’, mas nos demos bem logo de cara”. Aliás, Hussein estava no estúdio durante as filmagens do especial An Adventure in Space and Time. “Ele começou a se emocionar e ficou bem comovido. Espero que foi de um jeito bom, ele parecia feliz”. Awn <3<3
Dhawan conta o que sentiu ao ler o roteiro. “Aquela era é muito interessante. Nunca fiz nada desse gênero. Os anos 1960 são tão legais, eu adoro os cenários e as roupas. Assim que você se veste, você começa a agir diferente, a andar diferente. Eu ouvi muitas músicas daquela época a caminho do trabalho para ir pegando o jeito”. Para ele, o especial “tem apelo até mesmo para quem não é superfã de Doctor Who. Eu adorei o roteiro, principalmente pela jornada de William Hartnell, a qual eu me relaciono porque eu também sou ator”.
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Ufa, quanta coisa…mas SENSACIONAL, hein?
An Adventure in Space and Time vai ao ar pela BBC One em novembro, ainda sem data e horário definidos. Fiquem ligados no site pra mais informações e confirmações!