No último domingo (07), dia de estreia da 11ª temporada de Doctor Who, o episódio The Woman Who Fell To Earth foi exibido na New York Comic Con e depois houve um painel com Jodie Whittaker, Chris Chibnall e Matt Strevens!
Chris Chibnall abriu o painel dizendo que começou a ver Doctor Who com 3 anos e meio de idade, em dezembro de 1963, e de lá até aqui é um grande momento.
No início do painel, Jodie não conseguiu se conter e estava quase chorando.
Jodie começou dizendo que Tosin Cole não sabia que ela seria a Doutora durante os testes para o papel. Ele ficou impressionado ao saber que era um mulher.
Sobre Mandip Gill, Jodie disse que logo que se conheceram ela sabia que seriam melhores amigas. Quanto a Bradley Walsh, ela falou que ele é super famoso no Reino Unido e que é uma honra poder “roubá-lo” por nove meses. Ela também complementou que a química entre os quatro é real.
Em relação à roupa da Doutora, Jodie falou que a personagem seria uma criação colaborativa. Ray Holman e ela trabalharam juntos para que a roupa fosse confortável, de gênero neutro, e com várias referências, como a parte de dentro do casaco.
Ray e Jodie, durante o vídeo dos bastidores exibido nas sessões de cinema, explicaram que violeta e verde eram as cores das sufragistas. Por conta do chroma key, eles não podiam usar verde (Jodie disse que ficou chateada pois adora verde), mas usaram o violeta no interior do casaco. A roupa também tem vários tons de azul para representar o céu e o espaço.
Quanto às cenas de ação, Jodie disse que preferiu fazer a maioria das cenas sem dublê para mostrar que a personagem estava se acostumando ao novo corpo.
Uma pessoa da plateia pediu um conselho para as mulheres. Jodie disse que nós merecemos ser ouvidas, apesar de nossas falhas. As pessoas são fascinantes pois somos todos indivíduos diferentes, mas estamos todos juntos em uma grande irmandade.
Para Jodie, a melhor característica da 13ª Doutora é sua eletricidade, a espontaneidade, a energia que ela coloca em cena a partir de seu físico.
Depois, a pergunta foi sobre trazer de volta a esposa da Doutora – River Song (Alex Kingston)! Jodie disse que ela estava na New York Comic Con em algum lugar! Eles se desviaram da resposta.
Jodie também falou que espera que sua era se torne só mais um fato histórico, e que no futuro isso se torne comum. É esse o legado que ela espera deixar. Chibs completou que é sobre unidade, sobre gêneros não-binários, e que quer que seus filhos saibam que heróis podem vir de todos os tamanhos e formas. Ele também confirmou que Rosa Parks aparecerá no episódio 3.
A próxima pergunta veio de uma garota cosplayer e Jodie disse que adorou o trabalho que ela fez. Ela disse que era muito importante que fosse totalmente confortável e que ela queria que os cosplayers também sentissem esse conforto.
“A Doutora me ensinou que amor e esperança transcendem o tempo e o espaço”
Um pai emocionado contou a história de sua filha, que o questionou sobre o fato do rosa ser uma cor feminina e azul ser masculino, e ele disse que usou a Doutora para mostrar que ela pode escolher ser quem ela quiser. Jodie quase chorou novamente após esse depoimento.
O próximo cara chamou toda a plateia para gritar uma fala de Doctor’s Wife e dar as boas vindas para Jodie, Chris e Matt.
Uma moça que é médica por causa de Doctor Who perguntou como Chris e Jodie colocam seu lado geek em uma obra. O showrunner respondeu que é amor, a paixão pelo que ele faz e pelos temas da série.
Jodie falou que a Doutora ensinou pra ela que amor e esperança transcende o tempo e o espaço. É um desafio às vezes, mas é muito legal intepretar isso e ela não quer perder isso pra vida, de ver a luz no fim do túnel.
Chris e Jodie falaram sobre o backlash que receberam. Jodie falou que as vozes raivosas podem parecer mais altas, mas não são as mais representativas. Às vezes o barulho é grande mas a ameaça é menor. Ela não liga pra isso, pois está trabalhando com pessoas cheias de alegria, em um ambiente seguro, e o ruído exterior não chega até eles. Matt Strevens disse que após o vídeo de revelação de Jodie, a resposta para a BBC foi 83% positiva, então as vozes negativas não são representativas.
A última pergunta foi de uma moça que também tem dispraxia e agradeceu ao Chibs pelo fato de Ryan não ter conseguido andar de bicicleta, pois é algo que demora mais e é um processo. Chibs disse que trabalhou em conjunto com a Fundação de Dispraxia e que a história de Ryan ainda vai se desenrolar, mas espera que ele também seja um herói apesar disso.
Assista já!