[Review] The Snowmen

Primeiramente, sabe o significado de “Spoilers”, pessoa? Então CORRA, porque aqui tem um monte!

Então então então, depois de toda a espera, The Snowmen finalmente saiu e nós já podemos surtar com mil teorias.

Pois bem, a primeira novidade do episódio já é na abertura. Diferente das aberturas de 2005 pra cá, a abertura dessa segunda parte da 7ª temporada tem um detalhezinho genial. Não se ligaram em qual detalhe é esse? Qual é, ele está na CARA de vocês! Ahn? Ahn? “Cara”? Entenderam? #TunDunTxiii
Então, como ficou comum na série clássica (começando na verdade na época do 2º Doutor) as aberturas contavam com o rosto do Doutor. Rola a comparação aqui embaixo, ó só:

2ndOpening 11thNewOpening

Como eu tenho certeza que, assim como a minha cabeça, a de vocês tá pensando em um turbilhão de coisas ao mesmo tempo, vamos dividir as coisas pra facilitar.

Em um resumo rápido do episódio (se é que isso é possível, pelo tanto de informação genial que o ele passou), nós começamos vendo Walter, um jovem menino que não interagia com as outras crianças, somente com a voz em sua cabeça (Aliás, pontos extras pela dublagem de Gandalf Magneto Ian McKellen).
Esse menino se mostra 50 anos depois como o personagem de Richard E. Grant, o Doutor Simeon (Nota: Já é a terceira vez que o ator faz algo pra série e ele SEMPRE é um Doutor. Incrível isso!), e não surpreendentemente vimos que a voz de sua cabeça ainda existe, e agora está contida numa espécie de globo de neve gigante…que aliás, está coletando neve.
O vilão, no entanto, não é tão encoberto quanto se imagina. Muito pelo contrário, ele levanta muitas suspeitas, inclusive as de Jenny e Madame Vastra – que nesse episódio descobrimos que não são um simples affair, mas sim um casal casado.
Enfim, esse é o vilão, ele é mau e sem escrúpulos pra atingir seus objetivos. O típico vilão frio e carrancudo.

Temos também a personagem de Jenna-Louise Coleman, Clara, que primeiramente parece uma taberneira ou coisa do tipo, mas um pouco a frente no episódio se mostra a governanta de uma mansão – com direito a cuidar dos filhos de chefe e tudo mais. Ela se mostra intrigada com um estranho boneco de neve que aparece no meio do nada. Um estranho homem passa e ela prontamente pergunta se foi ele que fez o boneco. É o Doutor, e não, não foi ele. Ele não é usual, ela o segue na surdina, descobre que ele vive nas nuvens…e não, não estou falando da expressão “nas nuvens”, o cara vive nas nuvens mesmo! A TARDIS está estacionada nas nuvens.

Blablabla rola o episódio e a gente descobre que o Doutor está…hmm, digamos que aposentado. Ele está desiludido com a vida, após a morte de entes queridos (e todos nós sabemos que a referência aqui é aos Ponds). E para assegurar que ele permaneça quieto e sem ser perturbado, o senhor do tempo conta com outros três personagens: as já citadas Jenny eVastra, e o Comandante Strax (o Sontaran que nesse episódio serve nada mais nada menos do que como alivio cômico em cenas dignas de um pastelão do melhor estilo).

Vimos também que ao tentar recorrer a ajuda do Doutor para ajudar a filha do chefe, Clara acaba sendo colocada contra a parede por Jenny e Vastra, que por sua vez fazem o “teste de uma palavra” com ela. No final das contas a palavra-gatilho pra fazer o Doutor sair de sua clausura é nada mais nada menos que “Pond” (no caso ela não se referia ao casal, mas sim a um lago mesmo…).

O episódio se desenrola e vemos Clara e o Doutor dentro da TARDIS. Como sempre rola aquela cena de “nossa, ela é maior por dentro”…ERRADO! Ao ver de Clara a TARDIS é menor por fora.

Descobrindo aos poucos que Clara e Oswin são, aparentemente, a mesma pessoa. Um dos principais detalhes é quando Clara pergunta ao Doutor se a TARDIS tem uma cozinha, porque afinal, ela gosta de fazer soufflés.

Mais pro fim do episódio nos deparamos com a revelação de que a grande inteligência não era, como estávamos sendo levados a crer, uma simples voz na cabeça de Simeon, mas sim um entidade em busca de um corpo físico. No entanto, essa não é a maior revelação do episódio. O grande boom acontece quando descobrimos que Clara se chama Clara Oswin Oswald. O Doutor descobre (ou pelo menos nós achamos que isso é uma descoberta…vai que é tudo um grande mal entendido) que Clara e Oswin são a mesma pessoa, e que ela já morreu duas vezes!
E como se não bastasse, ela ainda faz uma aparição breve numa versão contemporânea olhando a própria tumba, logo depois do Doutor partir em busca de desvendar o mistério.

Bem, o que temos de certeza agora é que ele não vai descansar enquanto não descobrir qual o grande mistério por trás da garota do soufflé.

Uma coisa muito legal do episódio foi o tanto de referências obscuras a série clássica. Vamos lá:

A TARDIS:

Além de estar diferente por dentro (com todo o look série clássica) está diferente também por fora. Diferente do que estávamos acostumados a ver nas últimas temporadas, a TARDIS está mal cuidada. Imunda, eu diria. O que remete diretamente a nave na série clássica. Mais precisamente na época do 1º e do 2º Doutor (aliás, “2º Doutor”, gravem esse nome, vocês vão ler muito ele nesse review).

1967:

Em um determinado ponto do episódio o Doutor aparece com um mapa do metrô de Londres do ano de 1967. O ano, meus caros leitores, é nada mais nada menos do que o ano que “The Abominable Snowmen”, um dos mais aclamados arcos do 2º Doutor, estreou nas TV britânicas.

A grande inteligência:

Não coincidentemente, no episódio “The Abominable Snowmen”, os vilões do episódio também eram controlados por uma entidade imaterial que procurava um corpo físico para habitar e se intitulava como grande inteligência. Outro fato curioso é que, ao decorrer do episódio era descoberto que os Abomináveis Homens das Neves eram na verdade seres mecânicos. Não sei se todos notaram esse detalhe leve, mas após a chuva de lágrimas de Clara, um dos bonecos de neve aparece sendo molhado pela chuva e embaixo da camada de neve tem algo que se assemelha muito com metal. Dá só uma olhada:

“Depois de você…”:

Na cena em que Clara e o Doutor estão subindo a escada que levaria a TARDIS, rola um momento de “Depois de você” “Não, depois de você”. Essa cena em particular lembra muito o dialogo que vira-e-mexe acontecia entre Jamie e o [2º] Doutor.

AfterYou_Classic

Nossa. Ufa! É isso! Bem, na verdade não é só isso…eu tenho certeza que se eu ver esse episódio de novo eu vou achar mais e mais coisas geniais nele! Sério, numa nota de 1 a 10 ele leva um 10 bonito na minha opinião!

Temos uma noticia boa e uma não tão boa.
A boa é que temos um monte de teorias mirabolantes pra montar agora. Quer dizer, quem é na verdade a Clara? Vastra, Jenny e Strax vão ajudar como daqui pra frente? A grande inteligência vai voltar?
A não tão boa é que a série só volta em abril…bem, a gente sobrevive. A dica boa que eu dou é: Procurem mais sobre a série clássica. A que tudo indica, essa segunda parte da 7ª temporada vai ser recheada com referências. Então se você não quer ficar sem entender é bom estudar =)
Cês podem seguir nossas dicas de download aqui.

Bem, no mais é isso, galerinha bonita. Espero que consigam limpar os cérebros de vocês do teto depois do mindblow que foi esse episódio.

E que venha abril!

PS: Só eu que senti que isso era um trocadilho constante com Game of Thrones?