Antes de mais nada, um viva a quem sobreviveu ao fim de semana e às lágrimas/explosões mentais que aconteceram no último fim de semana. Vamos lá, pessoal! Parabéns para você que viu “The Girl Who Waited”, o décimo episódio da sexta temporada, e está vivo para contar a história!
As reações foram as mais diversas. Houve quem dissesse que “The Girl Who Waited” era o novo “Blink”, consagrado como um dos melhores episódios de todas as temporadas da retomada da série. Houve também quem odiou a ausência de participação do Doctor no epi – que sempre é muito sentida, ainda mais nos episódios da sexta temporada. De qualquer forma, não dá para negar uma característica de “The Girl…”: para os fãs que andavam totalmente obcecados com River Song e a morte do Doctor, foi um divisor de águas.
Pela primeira vez em algum tempo, os espectadores são apresentados a uma situação muito específica e profunda do romance entre Amy e Rory. Dessa vez, o casal e o Doctor planejam uma visita ao “segundo planeta mais imperdível do Universo”, Apalapucia. Quando chegam, a frustração não poderia ser maior: todo o lugar foi fechado por contaminação em massa de um vírus que mata qualquer ser vivo que tenha dois corações – como o Doctor – em apenas um dia. Todo o ambiente é controlado por consciências, robôs e botões enigmáticos, o que significa encrenca na certa, é claro.
Amy se perde de Rory e do Doctor. Amy fica presa em um vácuo temporal, sem qualquer possibilidade de comunicação à exceção de uma misteriosa lupa, posicionada estrategicamente entre duas salas relativamente conectadas entre si. E durante trinta e seis anos, Amy fica presa em Apalapucia, enganando e destruindo robôs determinados a descontaminá-la, o que causaria sua morte. Ao longo dos anos, a ruiva constrói sua própria chave de fenda sônica e se torna uma guerreira. A garota que sempre esperou pelo Doctor – e sonhava com o dia em que sua vida mudaria pelas mãos dele – havia perdido a esperança.
É raro encontrar momentos em que o relacionamento entre Rory e Amy é tão colocado à prova. O marido é obrigado a escolher apenas uma opção: reencontrar sua esposa 36 anos mais velha e prosseguir suas vidas juntos ou reorganizar o tempo a partir do momento em que Amy se perdeu e, com isso, matar a versão futura de sua esposa, que esperou tanto por ele. A decisão de Rory não é das mais fáceis e, combinada com a atuação do casal principal, dá material de sobra para deixar a galera whovian se afundando nos lencinhos.
Diferentemente de “Night Terrors”, que foi visto por muitos como um episódio um tanto quanto desconectado do restante da temporada, “The Girl…”, em seus quarenta e poucos minutos, conseguiu envolver seus espectadores em um aspecto que andava apagado em Doctor Who: a relação e durabilidade do casal Pond. A história de amor dos dois, junto com a complexidade das decisões de Rory e do mundo em que Amy viveu durante tanto tempo consegue distrair seus espectadores a ponto de nos fazer pensar, ainda que por alguns segundos: River Song… who?
E aí, qual foi a sua opinião sobre o epi? Já pode surtar por The God Complex?