An Evening With Steven Moffat: confira entrevista traduzida com o showrunner de Doctor Who

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Steven Moffat, o showrunner de Doctor Who, amado por uns e odiado por outros, participou de um evento organizado pela BBC Cymru Wales onde foi entrevistado por Boyd Hilton falando sobre os 50 anos da série. Traduzimos as melhores partes, dá uma olhada!

Ele começa dizendo que a ideia toda da série era incrível demais para os anos 1960, e por isso fez tanto sucesso. Para ele, o Doutor é um personagem único, que se humaniza a partir do contato com seus companheiros. Moffat elogiou Patrick Troughton, dizendo que todos os atores seguintes se basearam nele e em seu humor, apesar de Hartnell ser brilhante.

Com vários clipes de cada um dos Doutores, Moffat continuou falando sobre cada um dos atores que o interpretaram.

Jon Pertwee: Moffat diz que o 3º Doutor pensava assim: “Eu tenho roupas legais e eu sou o herói”. Ele é o primeiro que luta, e ele é o mais sério, a performance mais contida, com pouca comédia, levando o papel a sério.

Tom Baker: “Todos os fatores estavam alinhados. Essa é a época em que Doctor Who realmente se estabelece como uma série dramática, com potencial. O ator tinha uns 40 anos quando ganhou o papel, e não tinha feito nada de significativo em toda sua carreira, e ele simplesmente brilha. Ele parecia um Doutor estudante, mais jovem que os anteriores. Ele era engraçado, charmoso, mas você nunca sabia o que se passava dentro dele.”

Peter Davison: “Ele é um ator brilhante. Parecia impossível substituir Tom Baker, que era um ator brilhante, e de repente torná-lo jovem e bonito parecia algo que não ia funcionar. Mas Peter decidiu torná-lo real. Baker era excêntrico, mas Peter era gentil e passional. Quando ele passava por algo mais sombrio, como em Caves of Androzani, você sente medo por ele. Ele faz você sentir a jornada de uma forma que Tom Baker não fazia.”

Colin Baker: após assistir um clipe de The Trial of a Time Lord, ele se limitou a dizer que o time de produção fazia o melhor que podia com o tempo e o orçamento disponíveis, e que era bem legal para a época. Ele também disse que gostou da ideia de um Doutor obscuro, embora não tenha entendido muito bem.

Faltou entusiasmo em sua fala, talvez uma represália ao que Colin disse sobre o especial de 50 anos durante um evento, de que os atores da série clássica não eram bons o suficiente para Moffat para entrar no especial e que eram bagagem extra #polêmica

Sylvester McCoy: Após um clipe de Remembrance of the Daleks, ele diz que “apenas em Doctor Who dá pra ter um cliffhanger em que se descobre que o monstro pode subir escadas!”. Ele também afirmou que a série acabou por causa da indiferença da BBC. “Se você assiste Survival [o último arco da série clássica] e Rose [o primeiro episódio da era moderna], é a mesma série. Voltou da mesma forma que terminou”.

Ele elogiou o filme feito pela Fox/Universal e disse que se tivessem feito uma série (como era o objetivo, se a audiência tivesse sido alta o suficiente), eles teriam um ótimo Doutor com Paul McGann, uma ótima Tardis, e que eles fizeram tudo com muito cuidado, respeitando tudo com lealdade, e é louvável que eles tenham tentado explicar para os americanos porque McCoy não era mais o Doutor.

Christopher Eccleston: “Que Doutor incrível, e que forma inteligente de trazer a série de volta. Eles pensaram: ‘Vamos mostrá-lo como uma pessoa normal, apesar de ser um gênio’. E Chris conseguiu trazer isso perfeitamente. Ele foi incrível.”

David Tennant: “A série já tinha se tornado um sucesso com Chris, e com Billie Piper, que brilhava na tela de forma extraordinária. David conquistou a nação, transformando o Doutor em um cara sexy e cool, eu nunca achei que ele conseguiria fazer isso. E foi a única vez que o Doutor fez isso.”

Antes de falar de Matt Smith, ele fala como foi entrar para a série:

“Esse é o trabalho dos sonhos, o melhor trabalho da minha vida, e é um pesadelo, porque você precisa manter a série lá em cima, um erro e a série toda desmorona. É incrivelmente empolgante. Eu conversei com Davies, e a gente chegou à seguinte conclusão: ‘Estávamos certos. Essa é a melhor série do mundo’. “

Matt Smith: “Eu tentei fazer com que David ficasse por mais um ano, e eu quase consegui, mas não foi possível. Eu falhei. E eu me lembro de tentar encontrar um ator mais velho para o papel, e eles ficavam me mandando e-mails, e eu falava ‘não tente me arranjar um ator de 27 anos, esses caras nunca vão conseguir fazer o Doutor e nunca vão conseguir acompanhar Alex Kingston’. E aí eu acabei escalando um ator de 26 anos de idade. Eu estava errado. Vimos alguns outros atores mais velhos, mas eles simplesmente não se encaixaram no papel.

Matt tem essa coisa, que você não consegue tirar os olhos dele. Ele consegue interpretar um velho naturalmente. E todas as coisas que ele faz como Doutor, é tudo performance, porque na realidade ele tem um jeito jovial, é um cara jovem. Ele ama tanto que ele incorpora a persona quando quiser, até durante um jantar com amigos. É incrível!

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